Cerca de 500 mil pessoas no mundo possuem a Síndrome de Duane ou Síndrome da Retração Ocular, uma doença congênita rara e um estrabismo, que afeta os movimentos dos olhos, seja para dentro ou para fora.

Segundo o oftalmologista Fernando Naves, do hospital Santa Casa de Mauá, a doença não é progressiva e ela surge ainda na gestação quando há um erro no desenvolvimento do nervo craniano que deveria controlar o músculo, que dá movimento aos olhos.

Pode ser de três tipos: o mais comum é o tipo um e faz com que o olho não se mova para fora, podendo também ser identificado um estrabismo convergente. O tipo dois é o menos comum e compromete o movimento para o lado interno e, o tipo 3, compromete os dois movimentos.

Entre os sintomas estão a ambliopia, a perda de visão, desalinhamento ocular, alterações nas pálpebras, retração do olho, além da posição anormal da cabeça.

“Os pais precisam estar atentos, pois ao precisar girar a cabeça com frequência para melhor enxergar, a criança com a Síndrome de Duane pode ter problemas de coluna e postura, além de dores musculares. O problema é diagnosticado entre o nascimento e os 10 anos de idade e é mais comum em mulheres e no olho esquerdo”, explica o oftalmologista Fernando Naves.

O tratamento pode incluir algumas adaptações no dia a dia da criança, uso de medicamentos e a cirurgia corretiva, dependendo do grau de estrabismo.